sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Quantos seremos?

Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena.
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.


Miguel Torga




2 comentários:

  1. Mas que se vote, que se vote até Coelho, mas em BRANCO NÃO.

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  2. Nem mais! Na 1ª volta vale votar em todos os que contribuam para uma 2ª volta.
    Para a 2ª volta penso que só há um candidato que não faz ninguém engolir sapos. Esse é um exercício que cada um tem que fazer. Descobrir quem pode bater o Cavaco.
    Eu sei, mas não digo :)

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