domingo, 17 de agosto de 2014

Brinquedo


Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe

O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão,
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel á sua mão

Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel.
E o menino, ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel.

(Miguel Torga)

18 comentários:

  1. Memórias de infância, Rui?...Ou é apenas esse menino jovem e antigo que vive em si e aprecia poesia simples?...:-)
    Bom domingo!
    xx

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  2. Catarina:
    O último papagaio que peguei... tinha penas. Dei-o à minha sogra, com gaiola e tudo.
    :)

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  3. Papagaio de papel, feito com caniços. O meu pai fez-me um ou dois que me lembre !
    Miguel Torga imprescindível !

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  4. Gostei muito do poema e do quadro :)
    um beijinho
    Gábi

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  5. Quase sempre presente na imaginação infantil_ gosto muito da foto-ternura.
    E o poeta sabe tudo!
    tenha boa semana e bons momentos de menino.
    abraço

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  6. Ricardo Santos:
    Nunca tive nenhum papagaio de papel, mas o meu pai fez-me uma flauta dessas canas.
    :)

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  7. redonda:
    Ai essa miopia...
    Não é um quadro,
    É uma fotografia.
    :)

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  8. lis:
    "O menino" de manhã andou de bicicleta na praia e ao final da tarde "trepou" às árvores no quintal (andei a apanhar ameixas).
    :)

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  9. Quem é que nunca pegou num "papagaio"?
    O gozo que dava andava a correr pela praia e a vê-los voar!
    Aquele abraço, votos de boa semana

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  10. Gosto de papagaios, destes e dos outros. Beijinhos.

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  11. Pedro Coimbra:
    Papagaios e moinhos de vento da nossa infância... hoje estão nas mãos de outros meninos.
    :)
    Cordiais saudações.

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